Bombeiros ainda não identificaram causas do desabamento de píer no Rio Amazonas
Agência Brasil | 28/03/2013 – 17h17
Marcelo Brandão
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Corpo de Bombeiros do Amapá informou, há pouco, que ainda não foi identificada a causa do desabamento de um píer flutuante na madrugada de hoje (28), no Porto de Santana, no Rio Amazonas. Seis pessoas desapareceram no acidente. Em nota divulgada após o desabamento, a Anglo American, que opera o porto, disse que o acidente pode ter sido causado por “uma massa de água anormalmente grande que se moveu pelo braço do rio” onde está situado o porto.
Para o Corpo de Bombeiros, porém, ainda não é possível informar a causa do desabamento do píer. “Isso vai ser fruto de uma investigação. Não sabemos ainda se a onda teria causado o acidente ou se foi justamente a queda da estrutura que provocou a onda”, explicou o major Roberto Neri, do Corpo de Bombeiros. O meterologista Jefferson Vilhena, do Instituto de Pesquisas Científicas e Meteorológicas do Estado do Amapá, também considera improvável a causa alegada pela Anglo American. “O que verificamos por volta da hora do acidente foi uma alta na maré, mas nenhuma onda natural. E uma onda natural isolada é algo extremamente raro. Normal seria uma cadeia de ondas, o que também não foi registrado.”
De acordo com Vilhena, pessoas presentes na região próxima ao acidente teriam visto a onda vir da direção do píer, e não da direção do oceano. Para ele, tais depoimentos reforçam a possibilidade de a queda da estrutura ter provocado a onda, e não o contrário. Os bombeiros tentaram, ao longo do dia, encontrar as seis pessoas desaparecidas – ainda na madrugada, dois sobreviventes foram resgatados com vida. Segundo a corporação, as condições no local do acidente dificultavam os trabalhos de busca. “A grande dificuldade está no número de ferragens no rio, além de uma massa de terra muito grande que deslizou. O acesso a essa parte está restrito”, informou Neri. De acordo com ele, a empresa responsável pelo píer deveria providenciar uma balsa com guindaste para retirar as ferragens e facilitar o acesso dos mergulhadores ao local.
Com dois barcos, a Capitania dos Portos auxiliou os bombeiros nas buscas. Os trabalhos foram encerrados às 18h30 e deverão recomeçar nas primeiras horas da manhã de sexta-feira (29).
Edição: Nádia Franco//O texto foi atualizado e ampliado às 19h12
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Reginaldo Mauro Neves é fundador e administrador do Clube do Arrais. Mestre-Amador, Veterano da Marinha do Brasil | Ex-tripulante da Fragata "Liberal" (1991-1993) | Operador de Radar na Fragata "Independência" (1995-1997) | Controlador Aéreo Tático Classe "Alfa" na Fragata "Dodsworth" (2000 - 2003) | Controlador Aéreo Tático Classe "Alfa" na Fragata "Greenhalgh" (2003 - 2005) | Encarregado da Seção de Segurança do Tráfego Aquaviário na Agência Fluvial de Imperatriz-MA (2008 - 2011)