Se você está estudando para a prova teórica para tirar a Habilitação de Arrais Amador e/ou Motonauta, é bom ter em mente algumas informações que sempre caem na prova. Pensando nisso, o Clube do Arrais compilou o arquivo “Arrais Amador e Motonauta – dicas importantes de RIPEAM”, com alguma ilustrações, para que você tenha o máximo de sucesso no seu exame.
1)O RIPEAM tem por finalidade evitar o abalroamento no mar, utilizando-se regras internacionais de
navegação luzes e marcas e, ainda, sinais sonoros.
2)Na situação de roda a roda, ou seja as embarcações proa com proa, as duas guinam para boreste.
3)Na situação de rumos cruzados, tem preferência de passagem a embarcação que avistar a outra pelo seu
bombordo, isto é, a que vê a luz verde.
4)No caso de uma embarcação alcançando a outra, tem preferência de passagem a que está com maior
velocidade, alcançadora, que deverá manobrar para passar pela outra, à frente.
5) Um veleiro e uma lancha vinham navegando em rumos cruzados. Tendo preferência de passagem, o
veleiro não manobrou e esperou que a lancha guinasse, enquanto se aproximava rapidamente dela.
Houve uma colisão das duas embarcações. Podemos concluir que apesar da lancha ter errado por não
manobrar, para evitar o acidente, o veleiro não pode ser isentado de culpa pois, a embarcação que tem
preferência deverá manobrar para evitar a colisão, caso a outra, obrigada a manobrar, não o faça.
6)Toda manobra deverá ser feita de forma franca e positiva, com ampla antecedência, demonstrando à
outra embarcação, que houve alteração de movimento.
7)No caso de um rio onde duas lanchas de esporte e recreio navegam em rumos opostos, a embarcação
que vem a favor da corrente deverá se posicionar no meio do rio e a outra na sua margem de boreste,
sendo que a que vem a favor da corrente tem preferência.
8)Em canais estreitos as embarcações devem navegar pela margem mais próxima a seu boreste e sempre
manobrar para boreste quando verificar o risco de colisão.
9)Num canal ou rio, principalmente estreitos, a embarcação maior tem preferência em relação à miúda.
10) A velocidade de segurança é velocidade que possibilita uma ação apropriada e eficaz de evitar uma
colisão e de parar a embarcação a uma distância segura e, quando cruzamos com outras embarcações
atracadas ou fundeadas ou mesmo localizadas às margens dos rios e canais, devemos diminuir a
velocidade.
11) Uma embarcação à vela tem preferência de manobra em relação a uma embarcação a motor.
12) As luzes de navegação mais comuns, em embarcação de esporte e recreio são uma luz branca a
vante, uma luz de alcançado branca, luzes verde e encarnada (vermelha), combinadas.
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13) Os sinais sonoros que podem ser emitidos por apitos, buzinas ou ainda sinos, são utilizados nas
situações de manobra, advertência e em baixa visibilidade.
14) Um apito curto significa que estou guinando para boreste.
15) Dois apitos curtos significam que estou guinando para bombordo.
16) Três apitos curtos significam que estou dando “máquinas atrás”.
17) Dois apitos longos seguidos de dois curtos significam que estou ultrapassando por bombordo.
18) Dois apitos longos seguidos de um curto significam que estou ultrapassando por boreste.
19) Cinco apitos curtos ou mais significam que não entendi suas intenções de manobra.
20) Um apito longo de dois em dois minutos significam que existe embarcação a motor em
movimento, com visibilidade restrita.
21) Dois apitos longos de dois em dois minutos significam que existe embarcação parada, em
visibilidade restrita.
22) Uma embarcação sem governo tem preferência em relação à embarcação à vela, à
embarcação com capacidade de manobra restrita e à embarcação engajada na pesca.
23) Embarcação fundeada deverá exibir uma luz branca onde melhor possa ser vista.
24) Embarcação com reboque de menos 200 metros de comprimento deverá exibir duas luzes
branca no mastro.
25) Embarcação com reboque de mais de 200 metros de comprimento deve exibir três luzes
brancas no mastro.
26) Embarcação de grande porte que carrega cargas perigosas deverá exibir, à noite, uma luz
encarnada (vermelha) no alto do mastro.
27) Durante o dia, uma embarcação fundeada deverá exibir um balão preto no mastro.
28) Em curvas de rios ou canais estreitos, onde a visibilidade é prejudicada, devemos dar um
apito longo para chamar atenção.
29) O apito curto tem a duração de aproximadamente 1 segundo.
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30) O apito longo tem a duração de 4 a 6 segundos.
31) A forma mais correta de cruzar uma embarcação com outra embarcação vindo em sentido
contrário é bombordo com bombordo.
32) As luzes de navegação não, deverão ser usadas quando a embarcação estiver atracada no cais.
33) Na ausência de apito, a embarcação poderá utilizar buzina ou sino para sinalizar as suas
intenções.
34) As embarcações de esporte e recreio, sem propulsão a motor, com menor de 5 metros de
comprimento estão dispensadas de usar buzina ou outro dispositivo que a substitua.
35) Um balão preto içado no mastro principal ou onde melhor possa ser visto não constitui sinal
de perigo.
36) Uma luz intermitente amarela cruzando o canal, à noite, poderá ser uma embarcação
desenvolvendo grande velocidade ao navegar.
37) Uma embarcação de esporte e recreio deverá evitar cruzar uma via de tráfego, tanto quanto possível,
porém, se for necessário tal manobra, deverá fazer de forma a cruzar perpendicularmente a via de
tráfego.
38) As luzes de bordos, de mastro e de alcançado são setorizadas para melhor identificar o movimento
da embarcação, à noite.
39) O holofote pode ser utilizado em rios estreitos para, à noite, iluminar curvas.
Reginaldo Mauro Neves é fundador e administrador do Clube do Arrais. Mestre-Amador, Veterano da Marinha do Brasil | Ex-tripulante da Fragata "Liberal" (1991-1993) | Operador de Radar na Fragata "Independência" (1995-1997) | Controlador Aéreo Tático Classe "Alfa" na Fragata "Dodsworth" (2000 - 2003) | Controlador Aéreo Tático Classe "Alfa" na Fragata "Greenhalgh" (2003 - 2005) | Encarregado da Seção de Segurança do Tráfego Aquaviário na Agência Fluvial de Imperatriz-MA (2008 - 2011)