A guerra da Suzuki Marine contra os microplásticos

Boas notícias para o nosso Planeta e para os nossos filhos: os engenheiros de jaleco branco da Suzuki Marine enxertaram um filtro de microplástico em seus motores de popa de maior potência. Conectado ao sistema de resfriamento, o funcionamento do motor de popa captura cuidadosamente a poluição plástica para descarte posterior. Este design faz fluir água bruta que já resfriou o motor. Caso o filtro fique entupido, uma mangueira de desvio mantém um amplo fluxo de arrefecimento.

Tão simples quanto o mar é salgado, os microplásticos são partículas plásticas menores que 5 mm/0,20 polegadas de tamanho, essencialmente microfibras derivadas de roupas, microesferas, glitter plástico e pellets plásticos. Os microplásticos secundários surgem da degradação de produtos plásticos maiores. Fontes de microplásticos secundários incluem garrafas de água e refrigerante, redes de pesca, sacolas plásticas, recipientes de micro-ondas, saquinhos de chá e pneus de carro.

Esses poluentes se acumulam na ecosfera e são prejudiciais à nossa saúde. Os plásticos se degradam ao longo de centenas a milhares de anos com alta probabilidade de ingestão. Portanto, não deve ser nenhuma surpresa saber que microplásticos foram detectados no sangue e no sêmen humanos.
Agora ficou melhor. Além de travar uma guerra contra os microplásticos, a Suzuki está minimizando o uso de plásticos à base de petróleo na embalagem de seus motores de popa e peças de reparo. O Green Planet, um substituto convencional de espuma de poliestireno, é um polímero 100% derivado de biomassa que se decompõe na água do mar. Complementando o amortecimento do Green Planet está uma estrutura ecológica de duas camadas de divisórias de papelão ondulado.

Por fim, a Suzuki e a National Marine Manufacturers Association anunciaram a participação em um programa para promover combustível sustentável para navegação recreativa por meio da descarbonização. Com esse programa, vem a disponibilidade de um combustível marítimo sustentável sem etanol, de 93 octanas, derivado do refino de óleo de cozinha, resíduos e materiais vegetais. Conhecida como Hyperfuels Purfuels, essa gasolina de alto desempenho de 93 octanas reduz as emissões de carbono da navegação recreativa em 30% a mais do que a gasolina E10.

De acordo com um representante da NMMA, esse combustível sustentável custa apenas cerca de vinte centavos a mais por galão do que a gasolina marinha típica de 89 octanas vendida no cais. Misturado com Etil Tert-Butil Éter (ETBE), um aditivo comumente usado para oxigenar misturas de gasolina, o Purfuel paga grandes dividendos por meio de maior longevidade do motor e proteção séria contra detonação devido à sua elevada classificação de 93 octanas. O Purfuel reduz as emissões, diminuindo assim o impacto ambiental da navegação recreativa.

A chave para o sucesso do programa Purfuel estará em tornar esse combustível mais acessível ao público náutico em várias marinas e docas de combustível locais, o que traz à tona o ponto saliente de que, além dos benefícios intrínsecos do combustível, o verdadeiro fator de espanto desse projeto de combustível sustentável é a liderança da Suzuki Marine e seus parceiros no estabelecimento da infraestrutura para colocar o combustível nas docas. No início, sua visão coletiva é promover o uso generalizado de combustíveis sustentáveis ​​em marinas no Panhandle da Flórida. Agora, nos primeiros dias, o projeto começou com uma marina de propriedade da cidade em Panama City, Flórida, com planos de expandir as docas de combustível em todo o estado.

Suzuki ressalta que seu esforço corporativo exemplifica os melhores princípios de Kizuna, o termo japonês para bons relacionamentos, amizade e laços próximos. Para criar uma situação ganha-ganha-ganha que seja boa para o meio ambiente, a indústria marítima e os velejadores recreativos.

Fonte: Power Boating
Texto original: Suzuki Marine’s War on Microplastics