Onda de furtos de embarcações na Baía de Guanabara
A pirataria marítima é uma antiga atividade humana que ao longo dos tempos tem causado incalculáveis prejuízos aos proprietários de embarcações e suas tripulações. Normalmente focados nas grandes rotas de navegação, os piratas também atuam em menor escala, atacando pequenas embarcações, saqueando veleiros, botes e lachas, subtraindo equipamentos e bens de valor.
Segundo reportagem do jornal “O Globo”, a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, sofre atualmente uma onda de furtos a embarcações fundeadas nas diversas enseadas e até mesmo no interior de marinas e instalações que serão usadas pelas equipes Olímpicas.
Em Niterói, nas proximidades dos clubes náuticos de Charitas e Jurujuba, os bandidos têm atacado com frequência durante a noite. Segundo relatos de proprietários ao jornal “os alvos dos piratas são motores, geradores, botes, acessórios e equipamentos de sonar e GPS. Em alguns casos, são levados também objetos de pouco valor, como as boias de proteção lateral das embarcações e até coolers com bebidas e comidas”.
As convenções atuais sobre pirataria tratam do assunto de forma global, focando o combate à pirataria quando se trata de ações de grande vulto, como o ataque a grandes cargueiros no chifre da África, no Golfo de Áden e a costa da Somália.
Embora o termo pirataria também seja empregado para designar essas ações clandestinas que ocorrem no interior da Baía de Guanabara e outros redutos Brasil afora, elas são tratadas a nível de segurança pública local, ficando a responsabilidade pela guarda dos barcos a cargo das marinas e a prevenção e combate aos ilícitos a cargo da Polícia, que pouco ou nada pode fazer, já que o patrulhamento é feita de carro ou motocicleta.
Enquanto isso, não resta muito o que fazer a não ser contar com a sorte, pois “baixar terra” significa deixar o barco à mercê dos delinquentes e “dormir a bordo” pode resultar em tragédias ainda maiores.
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Reginaldo Mauro Neves é fundador e administrador do Clube do Arrais. Mestre-Amador, Veterano da Marinha do Brasil | Ex-tripulante da Fragata "Liberal" (1991-1993) | Operador de Radar na Fragata "Independência" (1995-1997) | Controlador Aéreo Tático Classe "Alfa" na Fragata "Dodsworth" (2000 - 2003) | Controlador Aéreo Tático Classe "Alfa" na Fragata "Greenhalgh" (2003 - 2005) | Encarregado da Seção de Segurança do Tráfego Aquaviário na Agência Fluvial de Imperatriz-MA (2008 - 2011)